21 • dezembro • 2016

Quer saber se sua roupa é fruto de trabalho escravo?


Desde meados do século 20, a indústria da moda tem mantido uma fórmula que garante a venda de 80 bilhões de peça de roupa por ano, resultado de um sistema que envolve o consumo desenfreado e a exploração de mão de obra. Mas, a tecnologia que por anos vem impulsionado o crescimento das fast fashions, está também sendo usada na direção contrária. Criado pela Repórter Brasil, organização que tem como objetivo combater o trabalho escravo, o aplicativo Moda Livre acaba de ser atualizado e 27 novas empresas – entre elas Adidas, Forever 21, Osklen e Farm – foram incluídas no banco de dados que denúncia práticas abusivas e criminosas da indústria têxtil no Brasil. Você pode baixar o app gratuitamente e acompanhar o trabalho das marcas cadastradas, ao todo são 101 empresas avaliadas.

De acordo com a Repórter Brasil, a nova versão do aplicativo oferece, de forma ágil e acessível, informações sobre marcas da indústria de roupas envolvidas em casos de trabalho escravo no país. O aplicativo revela quais são as empresas comprometidas com o combate ao crime e quais já foram flagradas explorando a prática. A última atualização havia ocorrido em abril passado.

Das 101 marcas avaliadas, 49 tiveram a pior avaliação. Ou seja, quatro em cada dez empresas sequer se comprometem com o combate ao trabalho escravo. A ferramenta que já foi considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma referência mundial no combate ao trabalho escravo na indústria de roupas, serve para que você tenha a chance de fazer melhores escolhas, financiando ou não esse tipo de prática.

Faça o download do aplicativo para iOS (Iphone) e Android.

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Moda Livre: Aplicativo pode ser baixado gratuitamente – Foto: Repórter Brasil

O Moda Livre passa a monitorar marcas como as grifes Levi’s e Calvin Klein, a rede de fast fashion Forever 21, além das esportivas Nike, Puma, Adidas e Reebok. Companhias brasileiras relevantes no mercado como o Grupo Soma (responsável pela Farm e pela Animale) e as marcas TNG, Osklen e Cavalera, também aparecem na atualização do Moda Livre. Redes de lojas populares, como a Besni e o magazine Torra Torra, também foram contempladas.  A atualização conta com a inclusão de 27 novas empresas.

Desenvolvido pela Repórter Brasil, o aplicativo passa a avaliar as ações tomadas por 101 marcas e varejistas de vestuário para garantir que as peças fabricadas no país sejam integralmente produzidas de acordo com a legislação trabalhista. Além disso, o Moda Livre segue também monitorando empresas cuja produção de roupas já foi marcada por casos de escravidão (flagrados por fiscais do Ministério do Trabalho), como ocorreu com as marcas Handbook e Brooksfield Donna.

Metodologia

A Repórter Brasil envia um questionário-padrão a todas as marcas e grupos varejistas de moda em atividade no Brasil. O objetivo é avaliar como as empresas monitoram as condições de trabalho de seus fornecedores a partir de quatro indicadores básicos:

Políticas: compromissos assumidos pelas empresas para combater o trabalho escravo em sua cadeia de fornecimento.
Monitoramento: medidas adotadas pelas empresas para fiscalizar seus fornecedores de roupa.
Transparência: ações tomadas pelas empresas para comunicar a seus clientes o que vêm fazendo para monitorar fornecedores e combater o trabalho escravo.
Histórico: resumo do envolvimento das empresas em casos de trabalho escravo, segundo dados das autoridades competentes.

As repostas geram uma pontuação que classifica as empresas em três categorias: verde, amarela e vermelha. As empresas que não respondem ao questionário são automaticamente colocadas na vermelha.

Além de analisar o histórico e as ações de combate ao trabalho escravo que são tomadas pelas marcas mais relevantes no mercado de moda brasileiro, o Moda Livre também traz uma seção de notícias com matérias do site da Repórter Brasil sobre trabalho escravo na indústria de roupas. É importante ressaltar que o aplicativo não recomenda que o consumidor compre ou deixe de comprar de determinada marca ou loja.

*Com informações da Repórter Brasil

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Que tipo de consumidor é você quando o assunto é a moda? — Moda Sem Crise - 15, março 2017 às (14:09)

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