Em algum momento da sua vida você se perguntou a quantidade de lixo que vem gerando durante toda a sua existência? Talvez nem seja necessário ir tão longe. Em 2014, o fotógrafo e artista americano Gregg Segal colocou em prática uma ideia: “7 Days of Garbage”, em português, “7 Dias de Lixo”, um projeto que aproximou famílias de seus resíduos sólidos para deixar claro que o descarte não termina ao ‘colocar o lixo para fora’.
Segal aborda seu trabalho com a sensibilidade de um sociólogo – usando o meio para explorar a cultura. E sua fotografia utiliza contraste gritante e justaposição para envolver os espectadores e provocar reflexão.
Para projeto 7 Dias de Lixo, o fotógrafo contou com a participação de famílias de diferentes grupos sociais, porque Segal queria assim criar um panorama mais abrangente do consumo. O tipo de resíduos e também a quantidade variou bastante. Teve quem tentasse “maquiar” o lixo com vergonha de mostrar o que realmente produziu, no entanto, Segal conseguiu seu registro fotográfico como planejado.
O resultado do projeto de Segal assusta, assim como tantas outras imagens virais nas redes sociais e publicadas em veículos de comunicação. Para você que vem repensando sua forma de consumir e lidar com o lixo, o Moda Sem Crise aponta aqui agora algumas alternativas que podem contribuir para a sua decisão.
Ecobags: Substitua as sacolas plásticas por ecobags. O ideal é sempre ter ao menos uma delas por perto. Deixe na bolsa, no carro, e onde mais for necessário. E nunca estará desprevenida ao dar aquela passadinha no supermercado ou ao entrar em alguma loja.
Compras a granel: O Brasil tem seus famosos mercados municipais espalhados por toda a parte e nesse tipo de ambiente dá para adquirir produtos vendidos a granel – ou seja, são produtos que dispensam embalagens fracionárias. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, um terço do lixo doméstico é composto por embalagens e cerca de 80% delas são descartadas após serem usadas uma única vez. Esse tipo de consumo ajuda a evitar o desperdício, uma vez que é possível comprar o produto na quantidade exata que precisa. O custo pode ser menor também. Mas, ateńção, estamos falando de alimentos frescos e sem conservantes, é importante o consumidor ter potes herméticos. Aliás, nas compras a granel vale levar, por exemplo, potes e outros tipos de embalagens reutilizáveis, como sacos de pano.
Copo ecológico e garrafa reutilizável: Os copos chamados ecológicos não são novidade, mas estão de volta e estão com tudo. Retráteis e de plástico, silicone ou aço, esses copos são fáceis e carregar porque ocupam pouco espaço na bolsa. Ter um copo desses por perto livra do consumo de copos descartáveis e garrafas PET – plástico considerado uma dos maiores inimigos do Planeta. Estima-se que só de 2016 para 2017 foram produzidas 20 milhões dessas garrafas. Segundo pesquisadores da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP), a composição de uma garrafa PET é de no mínimo cem anos. Sair de casa com uma garrafa reutilizável a tiracolo te livra do resíduo e gasto.
Canudos: No centro da polêmica sobre o descarte de plásticos que têm infestado e degradado praias e oceanos estão os canudos. Vamos às contas? Se no período de um ano cada brasileiro usar um canudo plástico por dia, ao final o país terá descartado 75.219.722.680 canudos. A cidade do Rio de Janeiro foi a primeira a decretar a proibição de canudos plásticos. E alternativas para evitar o seu uso há. São os canudos de vidro ou de aço. Há também versões de plástico resistente e reutilizáveis. Ou simplesmente beba sem o canudo.
Talheres e guardanapo: Quem nunca precisou parar na rua para comer e recebeu talheres de plástico para o consumo do alimento? Dá sim para sair de casa com colher, garfo e faca na bolsa. Coloca tudo em um estojinho que fica uma charme. O mesmo vale para guardanapos de pano que pode acompanhar todo o kit.
‘Cotonete’ ecológico: As hastes flexíveis também podem ser substituídas por uma alternativa ecológica.
Bucha vegetal: Ainda no que diz respeito aos cuidados pessoais, a bucha vegetal dura por um longo período. Serve também para lavar louça, além de ser indicada para o banho e neste caso funciona como esfoliante natural, ajuda na circulação sanguínea, remove impurezas e células mortas da pele, ajuda a combater pelos encravados e devolve o brilho e a elasticidade da pele, além de ser biodegradável.
Escova de dente: A recomendação dos dentistas é a troca da escova de dentes a cada três meses. Portanto, em um ano, uma única pessoa deve descartar quatro unidades, não é preciso multiplicar por número de habitantes do planeta para entender o quanto se gera desse tipo de resíduo, né?! As escovas plásticas podem ser substituídas por escovas ecológicas também de bambu – que podem ser compostadas. Aliás, para combater o uso da escova de dentes de plástico, uma empresa norte-americana fabrica e distribui escovas ecológicas produzidas com bambu gratuitamente. A empresa Giving Brush que no bom e velho português significa Dando Escova envia as escovas gratuitamente para os interessados cobrando apenas o frete. Cada pedido pode incluir até 20 unidades. Para o Brasil o valor do frete fica em torno de US$ 6 dólares, cerca de R$ 23, na cotação atual.
Disco reutilizável de crochê: Os discos de crochês são aliados na hora da maquiagem e limpeza diária da pele. Você pode com eles substituir o algodão que é descartado. Essas rodelinhas normalmente são vendidas em kits. E dá para usar e reutilizar por um longo período mantendo os cuidados de higiene.
Ainda pensando nos cuidados pessoais, existem alternativas ecológicas para o período menstrual. Mas o Moda Sem Crise em breve trará um conteúdo todo dedicado ao tema. Gostou dessas dicas? Tem alguma sugestão para incluir aqui? Escreva nos comentários!