LADO B – Eu, como toda boa garota nerd, cresci apaixonada pela Mulher Maravilha. Era minha personagem preferida nos desenhos animados e nos gibis, meus grandes amigos da infância. Sonhava que, assim como ela, teria forças para lutar contra o mal e fazer justiça num mundo tão imperfeito. Bom, anos e anos depois, ainda continuo fã da princesa Diana de Themyscira, e acredito que, para muitas meninas, ela pode ser um símbolo de “paz, justiça e igualdade”.
No dia 21 de outubro, a personagem foi nomeada embaixadora honorária da ONU para promover o direto das mulheres. A criança geek que mora em mim se emocionou com a notícia, já adulta em construção teve lá suas dúvidas, afinal, há várias mulheres de carne e osso que deram (e ainda dão) a vida para promover paz, justiça e igualdade para as mulheres de todo o mundo.
Além disso, a Wonder Woman é o exemplo de estereótipo que tanto lutamos para desconstruir: branca, medidas irreais e vestida “sensualmente” com as cores da bandeira americana. A maior representação disto são as atrizes que compareceram à cerimônia da ONU: Lynda Carter, que encenou a Mulher-Maravilha na famosa série de TV da década de 1970, e Gal Gadot, que interpreta a super-heroína no filme “Batman vs. Superman: A origem da justiça” e na produção solo da personagem que estreia em 2017. Duas “referencias” de beleza, cada uma a seu tempo.
Lembro que quando anunciaram que a Gal Gadot seria a nova “cara” da WW muitos reclamaram que ela não teria o tipo físico ideal para o personagem, pois era magra demais. Mas qual é o tipo físico ideal para portar o Laço da Verdade, um objeto mágico que obriga a todos enlaçados por ele a não mentir? Qual seria o tipo físico ideal para uma princesa amazona, filha de Hipólita e Zeus?
A atriz esteve impecável nas telas durante “Batman vs. Superman: A origem da justiça” e já está arrancando suspiros nos trailers de seu filme solo, uma das grandes apostas da DC Comics para 2017. Eu posso até ser suspeita para falar, mas na minha humilde opinião de crítica de filmes blockbuster, acho que será um grande sucesso de bilheteria.
Antes mesmo do filme ser lançado, a Mulher Maravilha já estava “voltando a moda”. As estrelas de seu uniforme fizeram parte de fantasias de carnaval e decoraram mais painéis de aniversário nos últimos dois anos, do que nas últimas duas décadas. Não posso negar o quanto adoro ver as meninas de hoje brincando de Mulher Maravilha num mundo tão cheio de Batman’s e Princesas Disney.
Eu adoro o Cavalheiro das Trevas e suspiro pela Branca de Neve, Bela, Elsa e Merida. Mas é absolutamente empolgante saber que a geração atual poderá aprender com os símbolos visuais que elas podem sim ser senhoras de si mesmas, fazer parte das decisões que podem salvar o mundo, lutar, acreditar em seu potencial e viver uma vida plena, apoiando amigas, irmãs e mulheres.
A Mulher Maravilha foi criada por um homem, William Moulton Marston, um psicólogo sufragista, inventor do polígrafo (seria ele um Laço da Verdade do mundo real?!) e apoiador do feminismo na década de 1940. Na época ele era um dos alicerces da DC Comics, em grande ascensão no período da 2ª Guerra Mundial. Marston teve a ideia de criar um tipo novo do super-herói, um que triunfaria não só com punhos ou poderes, mas também com amor. E de sua esposa, Elizabeth Holloway Marston, veio a resposta: “Bom, faça-lhe uma mulher”.
Obrigada Elizabeth. Obrigada por nossa querida Mulher Maravilha.
Bravo!!! Bravissimo!!! Ppe um mumdo com muitas “Princesas Guerreiras”… Chega de acreditar em mundo de fantasia. As mulheres devem ser fortes e destemidas!!!
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<3 <3 <3
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