Descobrir e indicar alternativas de descarte de roupas é uma missão por aqui. E missão dada é missão cumprida. A dica agora é para você que não sabe mais o que fazer com aquele – ou aqueles – situãs encalhados. O Moda Sem Crise já publicou conteúdos sobre o descarte de roupas íntimas. Mas, recentemente no feed do Instagram um post chamou outra vez atenção. E a notícia é boa principalmente para quem mora em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
A história dessa peça tem pelo menos dois milênios. De lá para cá o sitiã passou por tanta coisa. E foi na década de 1990 que aqui no Brasil se popularizou uma de suas versões mais conhecida: a peça com bojo que contribui para uma aparência mais VOLUMOSA. “O bojo do sutiã é feito de poliuretano, material proveniente do petróleo, é altamente poluente e de difícil reciclagem. É espuma, como essas de colchões e sofás, e aqui no ateliê a gente tira os bojos dos vestidos usados para colocar em vestidos novos”, conta Carina Brendler que decidiu anunciar a novidade pedindo doação das peças.
“Na verdade sempre reaproveitamos os sutiãs das próprias clientes. Tendo em vista o impacto que isso causa na natureza, resolvemos pedir para nossas seguidoras que doassem seus sutiãs para ajudar no ciclo de vida desses produtos.”
Segundo Carina, as peças são higienizadas, encapadas e reaproveitadas nos vestidos de festa de seu ateliê. “Aceitamos qualquer tipo de bojo que esteja com formato conservado. Estamos recebendo tudo aqui no nosso ateliê, as pessoas nos enviam pelos Correios ou então, se moram na cidade, deixam aqui e aproveitam para conhecer”, afirma.
A peça doada é aproveitada por completo. A estilista explica ainda que atualmente todos os resíduos têxteis gerados em sua produção são separados e enviados para lugares que utilizam – os menores como enchimento e retalhos no artesanato.
Porém como a repercussão foi grande, já estamos estudando novas maneiras de reutilizar, aqui no ateliê mesmo reutilizando ganchos e aros próprios. E estamos pensando em alternativas para o caso de exceder nossa capacidade, tentando incentivar outras marcas a fazer o mesmo.
A marca Carina Brendler, desde 2014, trabalha o conceito UpCycling e processo de produção envolve a utilização de vestidos de festa em desuso ou retalhos excedentes da indústria para a fabricação das peças. “Tudo é produzido a partir de materiais descartados por indústrias e outros atelies, praticando o reaproveitamento de tecidos, roupas e até acessórios. “As peças percorrem festas, formaturas e até vestem noivas em uma proposta sustentável e exclusiva”, afirma Carina.
O ateliê promove três tipos de serviços: confecção sob medida, onde a cliente faz o vestido exatamente como deseja; aluguel; e primeiro aluguel, que são os serviços que reforçam a sustentabilidade da marca. “Reutilizar é um grande e necessário ‘R’ quando pensamos em sustentabilidade ambiental”. Todas as peças são feitas artesanalmente por Carina e sua equipe.
O contato com a marca pode ser feito por meio de Whatsapp. O número é (51) 99616-2865.