Lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, na última década do século 20, o laço cor-de-rosa, símbolo da campanha Outubro Rosa, foi distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, EUA, em 1999. A corrida desde então é promovida anualmente na cidade. E o Outubro Rosa se tornou um movimento popular comemorado em todo o mundo. Seu objetivo é promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer de mama, a fim de proporcionar maior acesso à assistência em saúde e reduzir os índices de mortalidade pela doença.
Para este ano, o tema da campanha nacional estimula a formação de redes de apoio. Sob o mote #CompartilheSuaLuta, a campanha visa mostrar que pacientes e familiares podem encontrar em ONGs e mesmo junto a outras pessoas que entendem o que o paciente está vivendo a ajuda e a informação úteis para enfrentar o câncer de mama e as bases para fazer parte de uma transformação no cenário da doença no país.
“Ter acesso a dados referentes ao câncer de mama, sabendo de seus direitos e possibilidades, também é parte do combate à doença. Com pacientes amparados, ampliamos sua visão política e social acerca da doença – assim, cada indivíduo torna-se um potencial agente transformador da realidade brasileira de assistência oncológica e pode contribuir, na medida em que isso fizer sentido, com seu engajamento”, reforça a presidente voluntária da da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) – entidade com foco na defesa de direitos de pacientes que vêm enfrentando a doença.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) em 2017, o diagnóstico de câncer de mama afastou mais de 21 mil mulheres de seus postos de trabalho. Esse tipo de tumor é o de maior incidência na população feminina brasileira, ficando atrás apenas do câncer de pele. Em 2018, o Inca estima que 59,7 mil novos casos sejam detectados.
Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama
A Femama é formada por 74 associações de pacientes em todas as regiões do Brasil capazes de fornecer suporte em diversas frentes. Elas podem oferecer apoio com serviços gratuitos, como psicologia, nutrição, fisioterapia e advocacia, além de auxílio na realização de exames e tratamentos, e empréstimos de próteses e perucas, de acordo com as características de cada instituição. Representam, ainda, fonte de informação a respeito do câncer de mama, a fim de munir de conhecimento pacientes e todos envolvidos no enfrentamento da doença.
Outra forma de atuação das ONGs é o advocacy. Por meio dele, trabalham ativamente para influenciar a formulação de políticas públicas que ampliem o acesso a diagnóstico e tratamento do câncer de mama. “Por exemplo, por meio das ações de advocacy, conseguimos impulsionar a aprovação do Ministério da Saúde para a inclusão no SUS do pertuzumabe e trastuzumabe para tratamento do câncer de mama metastático HER2 positivo, o que beneficiará muitas pessoas que dependem do tratamento”, conta Maira Caleffi, médica mastologista e presidente voluntária da Femama. Pacientes e comunidade podem contribuir com esses esforços participando de mobilizações online ou presenciais promovidas pelas ONGs, como a participação em consultas públicas, respostas a enquetes, pressão a tomadores de decisão, entre outros.
Com a campanha #CompartilheSuaLuta, a Femama evidencia que apesar de individualidade da jornada de enfrentamento do câncer de mama, ainda é possível dividir os desafios dessa trajetória. “Vamos lançar luz para o importante papel do terceiro setor nesse cenário – aproximar-se de uma ONG representa encontrar apoio no universo formado por dezenas de milhares de pacientes, familiares e cuidadores que também buscam formas de encarar o câncer de mama. Queremos estimular que compartilhem dúvidas, desafios, aprendizados e vitórias e possam com isso encontrar apoio, conhecer seus direitos, inspirar e promover uma transformação no cenário do câncer por meio de seu envolvimento”, diz.
Ter apoio, informação e conhecer seus direitos contribui para que o paciente tenha papel mais ativo durante o tratamento, com respaldo para exigir o que é melhor para si. “Existem pessoas que não sabem que podem contar com as ONGs, ou que não sabem de que maneira elas podem ajudar. A descoberta da doença remete a uma série de protocolos, exames e tratamentos e não lhes ocorre nesse processo a busca de suporte junto a essas instituições. Existe uma oportunidade para os próprios médicos estabelecerem essa ponte, mas ainda não vemos isso acontecer efetivamente. Por meio dessa campanha, queremos lembrar que é possível acessar as organizações e como elas podem trocar informações sobre a doença e o enfrentamento do câncer”.
Por meio do site da Femama é possível encontrar as ONGs presentes em cada estado brasileiro. Clique aqui para conhecer a rede.
MAMATCH: uma forma de conectar-se na palma da mão
Como parte da campanha #CompartilheSuaLuta, a FEMAMA desenvolveu, com parceria voluntária da Agência Mestiça e de Vee Digital Tecnologia, o MAMAtch, aplicativo que visa promover a formação de uma rede de interesse e informação relacionada ao câncer de mama, conectando pacientes, familiares, ONGs, profissionais de saúde e pessoas envolvidas no enfrentamento da doença.
Disponível a partir de 1º de outubro, a plataforma permitirá que usuários deem “match” em perfis de interesse; ou seja, unirá pessoas com interesses semelhantes para fomentar a troca de informações e experiências. “A ideia partiu da percepção de que muitas pessoas não sabem que podem contar com o apoio de ONGs e de outras pessoas que entendem seus desafios durante o enfrentamento da doença”, adianta Maira Caleffi.
Ao criar o perfil, é possível selecionar em qual categoria o usuário enquadra-se (paciente, familiar, profissional de saúde, ONG, entre outros). Na navegação, também será possível tirar dúvidas com um atendente virtual da FEMAMA, encontrar a ONG mais próxima para obter apoio, e receber notificações referentes a novidades sobre o câncer, direitos e formas de se engajar com a causa. O nome da plataforma é uma brincadeira que faz referência a aplicativos de relacionamento, porém, focado no universo do câncer de mama.
Programe-se!
Em todo Brasil, as ONGs associadas à FEMAMA promoverão ações locais relativas ao câncer de mama e caminhadas durante todo o mês de outubro. Elas ocorrem em diversos estados, estando já confirmadas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Sergipe, Ceará, Minas Gerais, Amazonas e Mato Grosso do Sul. Acompanhe o site da FEMAMA para as novidades regionais.
Fundação Laço Rosa
O câncer de mama é um dos tipos mais frequente nas mulheres brasileiras. E foi para ampará-las nesse momento difícil que, em 2011, nasceu a Fundação Laço Rosa — uma instituição sem fins lucrativos, fruto da emocionante história de vida de três irmãs, e que hoje se destaca não só no Brasil, mas internacionalmente, na disseminação da informação de qualidade, na influência de políticas públicas para o câncer de mama e na defesa de direitos de pacientes e resgate da autoestima. Além do pioneiro Banco de Perucas Online — um projeto de doação gratuita de perucas pela internet para pacientes em quimioterapia, que já atendeu mais de 6 mil famílias — a Fundação está à frente de iniciativas como o programa Força na Peruca, que capacita novos profissionais no ofício da perucaria.
Seu portal e seu canal no Youtube são plataformas de interatividade e fontes seguras para assuntos científicos relacionados ao câncer e comportamento feminino. Além disso, integrante da FECCM (Frente Estadual de Combate ao Câncer de Mama do Estado do RJ), a Laço Rosa promove anualmente o Outubro Rosa com uma série de ações e também o “Fórum de Políticas para o Câncer de Mama (+ Encontro Estadual de Pacientes)”. Neste último, reúne pacientes, médicos e autoridades num sólido debate sobre os entraves para diagnóstico e tratamento do câncer de mama.
ONG Américas Amigas
ONG Américas Amigas, entidade que tem como missão reduzir as taxas de mortalidade da doença no País. “Nosso objetivo é chamar a atenção de todos os consumidores para esse assunto e trazer ainda mais visibilidade para a ONG Américas Amigas, que desenvolve um projeto fundamental para prevenção e diagnóstico da doença”, reforça o executivo. A marca investiu mais de R$ 1 milhão para disponibilizar o produto nas principais redes de supermercados espalhados pelo Brasil.
Para ampliar o engajamento da conscientização sobre o câncer de mama, que é o segundo tipo de tumor mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a Obrigado também irá apoiar a 6ª Caminhada e Corrida Outubro Rosa do NOB (Núcleo de Oncologia da Bahia). Organizada pela equipe Tuchê Runnes, a atividade acontecerá no dia 21 de outubro (domingo), às 7h30, no Parque da Cidade, em Salvador. O evento contará também com aula de zumba, fit dance e ginástica e terá distribuição de produtos Obrigado para a hidratação dos participantes durante e após a prova. Para saber mais sobre a corrida e fazer a inscrição, acesse o site: https://www.centraldacorrida.com.br/corridaoutubrorosa