08 • junho • 2017

Ignorância


A VIAJANTE – Dia desses peguei um táxi lotação pra subir a Afonso Pena (mais confortável e rápido que ônibus, mais barato que Uber ou Cabify). Quando passávamos pela praça Tiradentes, o motorista comentou: “Como está claro aqui, não?”. O outro passageiro deu prosseguimento: “Toda essa luz vem daquela super farmácia, dizem que vai ser 24h”. Há na esquina, uma farmácia prestes a ser inaugurada. Comecei então a refletir.

Nos últimos meses tenho visto muitas e muitas farmácias serem inauguradas em Belo Horizonte (MG). Muitas vezes, existem várias coladas umas nas outras. Rapidamente inicia-se uma obra e eis que uma drogaria fica pronta. Este segmento deve estar dando muito lucro! As maiores, se confundem com supermercados. Nestas, e também nas pequenas, não é incomum vermos cartazes do tipo leve três, pague dois (mas que o que está sendo promovido é algum tipo de medicamento). Uma vez uma colega entrou em uma farmácia para comprar um remédio pra dor de cabeça e saiu com um estoque de dipirona, “porque estava muito baratinho”.

ignorancia

Foto: Pixabay

Qualidade de vida não exige altos investimentos. Uma alimentação balanceada, uma noite bem dormida e a prática de atividade física (pode ser caminhar em uma praça) são coisas que estão ao alcance de todos assíduos frequentadores de drogarias. Outra coisa extremamente importante é ouvir o coração (não com um estetoscópio, mas com o ouvido da alma), pois o que o corpo manifesta, surgiu primeiro em nosso interior, por algo que não foi bem processado.

Quando nos voltamos para dentro, descobrimos algo de nós, ampliando o autoconhecimento. A sociedade está doente. Platão disse haver duas doenças no ser humano: a loucura e a ignorância, sendo que a primeira é decorrente da segunda. Até o mês que vem.

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Monica Veiga

Monica Veiga

>>> Jornalista por formação. Videomaker por escolha. Empresária por questões kármicas. Filósofa por afirmações dhármicas. Sócia-fundadora da Atlântico Filmes (atlanticofilmes.com.br). Nutre amor pela criatividade e busca expressá-la, seja através do audiovisual, da fotografia, das palavras, de um tubo de tinta ou um lápis de cor. Tem como sonho, contribuir com a evolução do mundo. Tem como projeto, ter uma casa no campo e um troller para viajar pelo Brasil e registrar muitas histórias. Em 2017, Mônica assinou no Moda Sem Crise a coluna "A Viajante".



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2 Respostas para "Ignorância"

Ricardo - 11, junho 2017 às (10:48)

Excelente texto! E ao invés de comprar mais analgesicos, devemos tomar doses de consciência e vontade para combater essa ignorancia endêmica. Há solução

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Marcela Fonseca Marcela Fonseca - junho 22nd, 2017 em 1:15 pm respondeu:

Exato! Excelente reflexão da Mônica. Obrigada pela contribuição, Ricardo!
Abraço,

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