A VIAJANTE – Dia desses peguei um táxi lotação pra subir a Afonso Pena (mais confortável e rápido que ônibus, mais barato que Uber ou Cabify). Quando passávamos pela praça Tiradentes, o motorista comentou: “Como está claro aqui, não?”. O outro passageiro deu prosseguimento: “Toda essa luz vem daquela super farmácia, dizem que vai ser 24h”. Há na esquina, uma farmácia prestes a ser inaugurada. Comecei então a refletir.
Nos últimos meses tenho visto muitas e muitas farmácias serem inauguradas em Belo Horizonte (MG). Muitas vezes, existem várias coladas umas nas outras. Rapidamente inicia-se uma obra e eis que uma drogaria fica pronta. Este segmento deve estar dando muito lucro! As maiores, se confundem com supermercados. Nestas, e também nas pequenas, não é incomum vermos cartazes do tipo leve três, pague dois (mas que o que está sendo promovido é algum tipo de medicamento). Uma vez uma colega entrou em uma farmácia para comprar um remédio pra dor de cabeça e saiu com um estoque de dipirona, “porque estava muito baratinho”.
Qualidade de vida não exige altos investimentos. Uma alimentação balanceada, uma noite bem dormida e a prática de atividade física (pode ser caminhar em uma praça) são coisas que estão ao alcance de todos assíduos frequentadores de drogarias. Outra coisa extremamente importante é ouvir o coração (não com um estetoscópio, mas com o ouvido da alma), pois o que o corpo manifesta, surgiu primeiro em nosso interior, por algo que não foi bem processado.
Quando nos voltamos para dentro, descobrimos algo de nós, ampliando o autoconhecimento. A sociedade está doente. Platão disse haver duas doenças no ser humano: a loucura e a ignorância, sendo que a primeira é decorrente da segunda. Até o mês que vem.
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Excelente texto! E ao invés de comprar mais analgesicos, devemos tomar doses de consciência e vontade para combater essa ignorancia endêmica. Há solução
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Exato! Excelente reflexão da Mônica. Obrigada pela contribuição, Ricardo!
Abraço,
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