09 • janeiro • 2017

A (longa) história dos meus cachos


LADO B – Início do ano é a época das promessas: emagrecer, fazer um curso, ler mais e por ai vai. Aproveitando a onda de “esse ano eu vou”, sugiro um desafio: que tal se apaixonar por seu cabelo natural?! Me propus esse desafio em 2016 e hoje vejo que foi uma das melhores decisões que já tomei na vida! E viva os cachos!

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Seis meses após a decisão de para de alisar os cabelos, Bia passou a usar definitivamente seus cachos naturais – Foto: Arquivo Pessoal

Digamos que eu e meus  cabelos passamos por tempos difíceis juntos. Depois de uma infância com muitas tranças e rabos de cavalos, aos 13 anos escovei os cabelos pela primeira vez e me senti fabulosa! Na semana seguinte, passei a catar as moedas do troco do recreio e para ir ao salão do bairro sempre que dava. Pouco depois ganhei meu primeiro secador. Ai acordava às 4h da manhã para lavar e escovar a cabeleira antes de ir para a escola, às 7h. Uma loucura que eu não desejo para nenhuma menina de 15 anos.

Duas coisas me influenciaram brutalmente para cair no mundo das escovas progressivas. A cultura maciça de que cabelo bonito é cabelo liso e a falta de produtos específicos para cabelos cacheados nas prateleiras. E, obviamente, uma coisa é consequência da outra. Sem bons produtos (ou melhor, produto nenhum) para cachos, eu não me entendia com meu cabelo e meu look eterno era “acabei de sair do vendaval”.

Depois de muitos anos de escovas progressivas de nomes exóticos e queimaduras no couro cabeludo, comecei a questionar padrões de beleza e admirar cachos pelo mundo. Uma das minhas melhores amigas, Anny Christine, grande incentivadora da minha transição, é cacheada e feliz com seus cachos. Então, aos 29 anos, decidi sair da progressiva.

Transição é um período curioso na vida das pessoas. Você se olha no espelho de manhã pergunta: o que eu faço com esse cabelo? Da vontade de chorar, de ficar careca, de sair de chapéu, de não sair e principalmente de correr para o salão e alisar tudo de novo. É preciso resistir e desapegar do conceito de beleza que a vida lhe impôs.

Mudar meu cabelo me fez repensar conceitos de moda, consumo e beleza. Passei a seguir blogueiras cacheadas que davam dicas de como “sobreviver à transição capilar” (eternamente grata à diva ruiva Daianne Possoly!) entrei num grupo de cuidados com cabelos no Facebook, fiz ótimas amizades e conheci uma mulherada linda, cacheada e cheia de orgulho de ser quem se é.
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Inspiração: A blogueira Daianne Possoly com seus cachos ruivos e lindos – Foto: Reprodução Facebook Daianne Possoly

Em abril de 2016 foi o momento decisivo, precisava retirar as pontas lisas para soltar os cachos e a solução é uma só: vitamina T. T de Tesoura! Hahaha. Teve choro e muita tremedeira. Mas deu certo. Em menos de 24 horas eu estava feliz da vida com meus cabelos naturais (e nas orelhas!).

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Sorrisos: Bia Sberna feliz da vida ostentando os belíssimos cachos – Foto: Arquivo Pessoal

Hoje, meu cabelo cacheado me da o dobro de trabalho que quando era alisado. Mas eu adoro! Sinto-me imensamente feliz em saber que a cada dia mais marcas lançam linhas próprias para cachos e ondas, levando opção para mais e mais pessoas. Adoro um papo sobre cabelos, padrão de cachos, hidratações caseiras e por aí vai. Meu desejo para 2017? Ver cada vez mais cacheadas felizes pelo mundo a fora!

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