LADO B – Você se lembra do primeiro presente que marcou sua vida? Pode ter sido uma coisa de valor simbólico, mas foi tão importante que se tornou inesquecível. O meu primeiro presente inesquecível foi comprado numa banca de jornal, num domingo pós-feira, quando eu tinha cinco anos. Eu olhava os gibis e meu pai perguntou: filha, você já consegue ler isso? Eu prontamente afirmei com cabeça e lá fui eu para casa com a Turma da Mônica em minhas mãos.
Depois disso, não consigo lembrar um dia da minha vida no qual eu não tenha lido nada. Minha adolescência foi cercada por gibis de heróis e livros, chegando à vida adulta, os livros não me abandonaram. A jornalista faladeira de hoje era uma criança com dificuldades para socializar, e as histórias foram essenciais para que eu não me sentisse sozinha, ao contrário, em meio às histórias da Mulher Maravilha e dos X-men, eu me sentia entre amigos.
Meu repertório de leitura me ajudou a fazer amigos na adolescência, a me enturmar com facilidade durante a faculdade e a desenvolver disciplina e concentração. As referencias literárias também influenciaram no meu estilo. Ler me fez ver que cada história é ímpar, cada pessoa é única, e que seu estilo também pode ser.
Claro que eu gosto muito de ler sobre tendências de moda, e hoje em dia as fontes são incontáveis… Porém, dentre os meus mais de 200 livros, só um fala sobre moda. “A Parisiense: O Guia de Estilo de Ines de La Fressange” que comprei seduzida pelo estilo da Amélie Poulain. Nunca fui a Paris e nem sei andar de bicicleta, mas as dicas são preciosas e “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” é muito inspirador: “São tempos difíceis para os sonhadores…”.
Hoje vejo claramente que meu estilo foi muito influenciado pelas minhas heroínas de papel. Primeiro de tudo, elas me ensinaram a me amar e a respeitar meu tipo físico. O conceito de beleza além de subjetivo é temporal. Eu garanto que se a diva Elizabeth Bennet (Orgulho e Preconceito – Jane Austen) vivesse nos dias atuais ela não seria musa fitness, não é?! **Nada contra quem seja!
A primeira personagem que eu me identifiquei nos livros foi a Hermione Granger da série Harry Potter, da qual sou fã até hoje, inclusive tenho tatuado um feitiço do livro que “protege” da tristeza e depressão. Apesar de ser classificada como um a história infantil, Harry Potter segue ensinando gerações sobre lealdade, amizade e justiça. A Hermione dos livros começa a história como uma menina feia, de cabelos volumosos, dentes enormes e origem desprestigiada. Anos depois ela se torna uma importante figura para o mundo mágico, defensora dos direitos dos menos afortunados. É ou não é uma bela inspiração?
A Monica usa um vestido vermelho básico e esbanja estilo por anos… Eu gosto de cores, uso camisa de quadrinhos e detesto usar salto alto no dia a dia. E sinceramente, me acho bem bonita assim. Defeitos, todos nós temos, mas quando a vida nos aperta, a aparência física é deixada para trás. Bad hair day? Faz a Katniss Everdeen e arrasa na trança! Ah e é bom saber que no livro a personagem não tem aquela beleza padrão da Jennifer Lawrence, suas tranças eram uma coisa que a mãe dela fazia para que os cabelos não ficassem tão cobertos de fuligem, típica do distrito 12, na trilogia dos Jogos Vorazes.
O meu (atual) vestido preferido também comprei pensando numa protagonista bem contemporânea. Clary Fray é uma menina ruiva e pequena que se acha sem graça e deslocada, até que ela descobre um mundo oculto e se apaixona por um anti-herói com cara de anjo. A sinopse dos Instrumentos Mortais, série de literatura fantástica da Cassandra Clare, pode parecer clichê, mas esconde uma história deliciosa e uma protagonista que evolui de mocinha apática para heroína. O que eu e a Clary temos em comum? Ficamos super bem de verde esmeralda! Hahahaha. Sempre rejeitei essa cor por achar que não combinava com a minha pele, até que vi um vestido que me lembrou muito a Clary… Quando eu vi já estava recebendo elogios pela cor ter me realçado! Mais um paradigma quebrado com sucesso!
Aqueles que torcem o nariz para livros clichês, minhas desculpas. Mas eu os amo completamente! Para mim é impossível usar preto e não me sentir uma “caçadora de sombras” (Instrumentos Mortais), ver minhas tatuagens e não me sentir audaciosa (Divergente).
Usar azul e não me sentir criativa como a Alice (Alice no País das Maravilhas), usar babados e não suspirar por Elizabeth e Darcy (Orgulho e Preconceito), ver meu cabelo cheio de frizz e nem ligar para isso como a Hermione (Harry Potter), usar pantufas e não me sentir consolada como a Layken (Slammed) e por que não usar xadrez e me sentir confortavelmente desarrumada como a Bella (Crepúsculo)?!
Para quem (ainda) não ama os livros, segue a frase dita por um dos meus personagens preferidos “Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de formar grandes sofrimentos e também de remedia-los.” Dumbledore – Harry Potter e as Relíquias da Morte.
Bia seja bem vinda!!! Seu texto descreve monha vida… Folhas, letras, tinta, cheiro, vida…. Ler , na minha humilde opinião, deveria se tornar uma das 7 maravilhas do mundo!
Viajo sem sair da minha xama ou sofá ou cadeira ou em pé!!! Ler me renova e me faz renascerne ser forte. Me faz acreditar no impossível e duvidar do certo!!!
Mais uma vez a familia Moda sem Crise arrasou!!!
E Bia, já sou sua fã número 1!!!!!
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Obrigada Fabi!!!!
Ler é uma delícia, a forma mais barata de viajar por todo o mundo!
Quando quiser trocar figurinhas literárias, é só falar! =)
beijinhos e obrigada!
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